O Projeto “Toponímia Colonial Sul-Americana” é vinculado à Universidade Federal de Pelotas e possui múltiplas abordagens.
Para quem não lembra, um topônimo é o nome dado a um fenômeno geográfico qualquer, desde aqueles construídos por humanos, como estradas ou centros urbanos (e mais) e aqueles cuja origem não seja humana, como montanhas, rios e tantos outros.
Esses fenômenos geográficos não existem per se, mas foram identificados e nomeados por humanos. Mais importante, todas as denominações dadas são invenções humanas. Os topônimos estão presentes nas tradições escritas e orais das pessoas (mesmo aqueles idiossincráticos) e um mesmo fenômeno geográfico tende a receber diversos nomes.
Esse Projeto opera exclusivamente com topônimos extraídos de mapas confeccionados entre os anos de 1500 e 1800. As peças cartográficas precisam mostrar a América do Sul, em sua totalidade ou em partes e, inclusive, mapas maiores (os mundi, por exemplo) que mostrem a América do Sul.
O primeiro encaminhamento do projeto é a produção de um dicionário de topônimos coloniais sul-americanos a partir da cartografia das primeiras modernidades.
O segundo é a constituição de uma curadoria de mapas digitais, de diferentes arquivos no mundo inteiro. Permitindo o acesso em linha para usuários externos.
O terceiro é a construção de um banco de dados com as informações mais completas possíveis sobre cada mapa.
É importante ressaltar que esse projeto conta com a colaboração de pessoas externas a ele. Tanto no sentido de apontarem para acervos que possuam mapas que ainda não estejam no banco de dados, como - e talvez mais importante – colaborando com as entradas (verbetes) do dicionário.
Todos os colaboradores serão citados e suas colaborações inseridas no banco de dados com a respectiva referência. Isso é feito na esperança de que o dicionário possa se constituir como uma construção coletiva.